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Devoção rubro-negra
Os flamenguistas lotam a igreja de São Judas Tadeu, padroeiro do time, conhecido como o santo das causas impossíveis, em vésperas de decisão. “E olha que funciona”, brinca Ana Paula, jornalista e torcedora fervorosa do rubro-negro carioca, que admite fazer uma fezinha a mais em dias de jogos decisivos. Além disso, a moça não sai de casa sem sua medalhinha de São Judas Tadeu e afirma que a vitória nos pênaltis do último dia 24 de abril teve a ajuda do santo. “O Felipe defendeu duas bolas. Isso é coisa divina. Defender pênalti é super difícil”.
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A história causou desconforto para os torcedores e dirigentes do Tricolor das Laranjeiras que protestaram contra o padre Flamenguista e chegaram a enviar um abaixo-assinado ao Cardeal Dom Jaime Câmara, alegando que os Tricolores também eram devotos de um santo que estava ajudando outro clube a vencer.
Dupla proteção ao Tricolor
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Reclamações à parte, o Tricolor tem fé redobrada. Além de Nossa senhora da Glória, que é a padroeira do time, o Fluzão ganhou, oficialmente em 2010, um novo protetor, o ex-pontífice João Paulo II. Isso se deu por conta da visita do papa em 1980 quando recebeu da mão de um menino de 10 anos, uma camisa do tricolor carioca ganhando a simpatia dos torcedores. O papa João Paulo II tem tanta importância para o Fluminense, que no FLA X FLU que sucedeu a morte do pontífice, na decisão da Taça Rio em 2005, cerca de 30 mil tricolores fizeram um minuto de silêncio e entoaram "A Bênção João de Deus" emocionados. Com essa demonstração de fé, o Fluminense goleou o Flamengo em 4x1, se tornando o campeão da competição naquele ano.
Independente de vestir a camisa de um ou de outro, os torcedores estão muito bem amparados quando o assunto é padroeiro. E uma coisa é certa: se depender da fé da torcida, Flamengo e Fluminense serão sempre campeões.
por Érica Benevento
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