quinta-feira, 16 de junho de 2011

Virou a casaca!


Homem trajando a casaca
     É comum a “dança” de jogadores no futebol. Mas antes de falar de futebol, um pouco de história mundial. A casaca é um traje de gala masculino(foto) criado na França no século 17. O termo virar a casaca surgiu aproximadamente na monarquia de Carlos Manoel III, que em 1720 tornou-se o Rei da Sardenha (Ilha italiana). O rei costumava fazer festas e banquetes em homenagem a seus aliados nas guerras territoriais como a França, a Áustria, a Itália e principalmente para Inglaterra, o maior poder bélico da época. Mas como todos os países eram inimigos entre si, cada baile que o rei organizava as cores do país convidado era usado, inclusive na casaca real. Com isso surgiu o termo virar a casaca, pois o rei tinha um traje de cada cor para agradar seus aliados momentâneos. Foi com essa inteligência misturada com bajulação que o rei Carlos Manoel III ficou quase cinquenta anos no poder conseguindo promover reformas judiciárias, financeiras, territoriais e melhorias para seu povo.

     Voltando ao futebol, o jogador, técnico, dirigente, qualquer pessoa que saia de um clube e para trabalhar em outro estará virando a casaca se os clubes forem grandes rivais, em suas maiorias regionais (ex: Flamengo e Fluminense), algumas nacionais (ex: Flamengo e Sport) e até internacionais (ex: Fluminense e LDU). Então como em toda grande rivalidade ter uma boa história é indispensável para que esse duelo seja considerado um clássico.

Leo Moura e Juan
     Focando nos vira casacas de Flamengo e Fluminense temos jogadores de todas as posições que conseguiríamos formar uma seleção. Jogadores que se consagraram nos dois clubes, alguns em apenas um e outros que não se firmaram em nenhum. No futebol atual temos alguns exemplos como Leonardo Moura, que começou no Botafogo e jogou algumas temporadas por Fluminense e Vasco antes de se estabilizar na lateral direita do Flamengo e Juan que começou nas Laranjeiras e depois foi se estabilizar na Gávea.


Diego Souza e Emerson Sheik

     Emerson Albuquerque (Sheik) não é querido por nenhuma das duas torcidas, pois quando chegou à gávea, clube que dizia torcer desde criança, beijou escudo e prometendo amores e flores, mas não resistiu à proposta do mundo Árabe. Na sua volta foi para o Fluminense, desagradando à torcida rubro negra. Mesmo marcando o gol do título tricolor que amargurava uma espera de vinte e seis anos pelo Campeonato Brasileiro, as desconfianças continuaram, e por uma confusão mal explicada o jogador foi dispensado. Atualmente busca sua redenção no futebol nacional no Corinthians. Historia parecida com a do jogador Diego Souza que por sua irregularidade nunca foi uma unanimidade nas duas bandeiras.

Edmundo e Romário
     Romário um dos maiores gênios de todos os tempos na pequena área jogou nos dois clubes também. Um jogador que é campeão mundial com a seleção brasileira, jogando o futebol que ele jogou, não pode ser sacrificado por nenhuma torcida e não foi, pois sempre correspondeu em campo todo fanatismo da torcida. Junto com Edmundo, Romário formou o ataque “Bad Boy”, devido à má fama dos dois jogadores dentro e fora dos campos na época do Flamengo. Ataque repedido mais duas vezes no Fluminense e no Vasco da Gama.

Pelé e Zico

     Uma das curiosidades desse confronto é que o Rei do futebol, Pelé, vestiu as duas camisas. Consagrado no Santos, Pelé disputou alguns amistosos pelo Flamengo e pelo Fluminense. Outros grandes jogadores que ficaram na história do futebol também que também defenderam esses dois grandes times foram Carlos Alberto Torres, Claudio Adão, Paulo Cesar Caju, Moisés, Gerson e Renato Gaúcho.

Joel Santana

     Outro grande feito é de Joel Santana que foi campeão carioca com todos os quatro grandes times do Rio de janeiro. Joel foi campeão com o Fla em 96 e 2008 e com o Flu em 95. Mas Joel não está sozinho, Zagallo e Abel também já foram campeões com as duas equipes como treinador.
Abaixo alguns nomes de jogadores que viraram a casaca:

- Andrei (Fluminense, Botafogo e Flamengo).

Carlos Alberto Torres
- Caio Ribeiro (Fluminense, Botafogo e Flamengo).

- Cocada (Fluminense, Flamengo e Vasco).

- Djair (Fluminense, Botafogo e Flamengo)

- Fabiano Eller (Fluminense, Flamengo e Vasco).

- Felipe (Fluminense, Flamengo e Vasco).

- Jean (Fluminense, Flamengo e Vasco).

- Jorginho (Fluminense, Flamengo e Vasco).

- Mário Sérgio (Fluminense, Botafogo e Flamengo).

Jorginho

- Nunes (Fluminense, Botafogo e Flamengo).

- Petkovic (Fluminense, Flamengo e Vasco).

- Renato Silva (Fluminense, Botafogo e Flamengo).

- Ricardo Rocha (Fluminense, Flamengo e Vasco).

- Rodrigues Neto (Fluminense, Botafogo e Flamengo).

- William César de Oliveira (Fluminense, Flamengo e Vasco).

- Wilson Gotardo (Fluminense, Botafogo e Flamengo).

Petkovic

- Yan (Fluminense, Flamengo e Vasco).

- Zé Mário (Fluminense, Flamengo e Vasco).





Aluno
Ruyter dos Santos





Um comentário:

  1. A PAZ

    *Agamenon Troyan

    Estive presente quando você nasceu...
    Você era uma criança saudável que desaguou seu medo em lágrimas ao ser retirado do seu pequeno mundo. Foi amamentado com amor e carinho. Presentes e mais presentes chegavam ao seu redor.
    Você passou começou a engatinhar e descobrir um novo mundo. Sua curiosidade era tamanha que quase aprontou uma confusão. Quando repreendido com “palavras sem nexo”, começava a chorar amolecendo corações.
    E você foi crescendo...
    Tornou-se um menino levado, não respeitava mais a ninguém. Suas atitudes revelaram aquilo que estaria por vir.
    Enfim a adolescência!
    Garotas, carros, motos; muita adrenalina e Rock and Roll. Até aí nada demais, porém mais tarde vieram as drogas, a violência, o desprezo pela vida; o caos!
    Tentei persuadi-lo, mas não pude. Testemunhei sua alma sendo consumida pelo ódio.
    Hoje, eu observo todos os seus atos patéticos: guerras, fome, racismo, genocídio, poluição, terrorismo, queimadas, fanatismo...
    Tamanho estrago despertou a ira da natureza em terremotos, tornados, incêndios e tsunamis. Milhares de mortos, e, mesmo assim, você não se redimiu.
    Não posso intervir no seu destino. Tenho que permanecer aqui esperando pela sua redenção.
    Oxalá um dia quando em seu coração não haver um só resquício de ódio, eu possa novamente abraçá-lo, da mesma maneira quando você nasceu.

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    (Poeta e Editor)

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