terça-feira, 7 de junho de 2011

Nem tudo terminou em festa

No dia 15 de dezembro de 1963, Flamengo e Fluminense se enfrentaram pela decisão do campeonato estadual do mesmo ano, naquele que seria o jogo de maior público da história de um clássico interclubes.

Na decisão, o rubro-negro levou a melhor conquistando um empate sem gols que garantiu o título, mas aquele que deveria ser um momento de muita alegria e confraternização entre todos os torcedores, jogadores, comissão técnica e diretoria do clube acabou sendo o início de uma nova e conturbada polêmica.





Goleiro, capitão e um dos maiores destaques do Flamengo na grande decisão, Marcial foi escolhido pelos companheiros de time para expressar o descontentamento da equipe pelo prêmio de apenas Cr$150 mil recebido pelos jogadores após a decisão. Marcial foi cobrar do presidente rubro-negro Fadel Fadel um aumento dessa premiação, tendo em vista que em jogos de menos valor no campeonato, como na partida contra o Bangu, os jogadores receberam premiação igual aquela que recebiam pela partida que valeu o título ao Flamengo.

Fadel Fadel disse então, que se os jogadores quisessem um aumento imediato da premiação de Cr$150 mil para Cr$ 200 mil, que ele aceitaria, contanto que pudesse abater esse reajuste da prêmiação que seria paga pelo título na segunda quinzena de março do ano seguinte, que levaria a mesma de Cr$ 1 milhão para Cr$ 500 mil. Fadel Fadel ainda disse ásperamente para Marcial que não gosta de jogador que fala em dinheiro, "porque jogador deve entrar em campo para lutar sem pensar no resto".

Marcial deu a entender que além de estar sendo desrespeitado, assim como todo elenco, com uma premiação que não coincidia com a importância da partida, o presidente da agremiação rubro-negra estaria insinuando que a atitude dele era a de um jogador mercenário, colocando em disposição, por isso, seu futuro como arqueiro e capitão do Flamengo.






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