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Equipe do Fluminense na final do Campeonato Carioca em 1983 |
Para os tricolores era a chance de vencer pela 25ª vez o Campeonato Carioca, depois de três anos sem ganhar um título. Para os rubro-negros, que eram à época campeões do Rio de Janeiro, aquele era o momento de ganhar o título pela 20º vez. Era uma tarde de domingo de 1983, Maracanã lotado e uma multidão de tricolores apreensivos: o Fluminense tinha que vencer a partida, pois já havia empatado com o Bangu, enquanto o Flamengo ainda enfrentaria o time em seu próximo jogo, no triangular Campeonato Carioca daquele ano.
O Fla x Flu daquele dia se dava, até certo ponto, sem grandes acontecimentos. Um 0x0 seco, que fez com que grande parte da torcida tricolor fosse embora certa de que o time estava eliminado do campeonato. Antonio de Souza Rangel e Eduardo Jardim Rangel, pai e filho, estavam na arquibancada, incrédulos enquanto encaravam o outro lado do Maracanã, preenchido em vermelho e preto por uma torcida ressonante que entoava o famoso "ai, ai, ai, ai, está chegando a hora...".
A confiança rubro-negra foi traída por um vacilo: um jogador do Flamengo fica impedido aos 45 minutos do segundo tempo, ao passo que Duílio, zagueiro tricolor aproveita a oportunidade e toca a bola para Deley. Deley vê Assis numa ótima posição, Assis recebe a bola e lança pra área. A bola passa entre as pernas do goleiro Raul e altera o placar da partida. "Isso foi muito rápido, tão rápido que parecia um sonho. Eu não acreditava, tive que olhar para o placar eletrônico para confirmar se estava valendo, como se fosse um "me belisca aí para eu ver se estou sonhando". Mas, graças a Deus, era verdade... Aquela minoria que acreditou até o fim teve o prazer de curtir aquele momento mágico, alguns até voltaram para as arquibancadas ao ouvir o estrondo da torcida. Muito legal foi ver aquela multidão rubro-negra calada, perplexa, e tendo que nos ouvir "está chegando a hora, o dia já vem raiando meu bem", conta Eduardo"
O 0x0 seco, se tornou um agradável 1x0 para a torcida do Fluminense.
Por Isabela Marinho
Agradecimento ao relato de Eduardo Jardim Rangel.
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